Todos os dias quando abro o meu computador sou inundada de informação aleatória, a maior parte dessa informação segue o seu caminho para o esquecimento, outra porém, fica aqui a martelar.
Aconteceu-me visualizar um pequeníssimo vídeo sobre o conceito japonês de IKIGAI que basicamente resume aquilo que muitos têm dificuldade em descobrir, ou seja, a sua verdadeira vocação, aquilo que realmente nos motiva a fazer mais e com prazer.
Pessoalmente encontro-me há anos a tentar perceber aquilo que realmente me completa, aquilo que faço melhor e que simultaneamente me dá prazer – é muito difícil. O que me admira é constatar que cada vez vejo mais pessoas a chegar a esta encruzilhada – dedicaram-se anos a uma determinada profissão e de repente encontraram uma porta fechada, uma incógnita. Têm rendimento, têm estabilidade, têm a vida minimamente programada e na verdade há uma insatisfação enorme. Seremos uns mimados que queremos tudo? ou estaremos mesmo dispostos a tudo ao contrário das gerações anteriores?
Vejo amigas e amigos próximos nesta situação com muita frequência, eu própria já cheguei a este ponto de deixar tudo e mesmo assim, continuo sem ter a exacta certeza de que o caminho que escolhi é o correcto. Acredito que de tudo o que já fiz e faço, fotografar é aquilo que mais prazer me dá, que maior liberdade me dá, onde consigo ser criativa, onde consigo surpreende-me e dar prazer a quem confia no meu trabalho. Será esse o meu IKIGAI?
Cada vez tenho mais a certeza de que estaremos destinados a nunca nos resignarmos e que as conquistas das pessoas que nos inspiram sejam efetivamente o mote para a nossa permanente busca.
Hoje foi um post diferente. Obrigada por estarem aqui.
Um capítulo 